No mês de janeiro de 2008, em Búzios, uma reunião congregava vários caciques para discutir as diretrizes regionais daquele partido político. Muitos militantes e pré-candidatos, entre vereadores, prefeitos, deputados estaduais, federais, e outras personalidades, colocavam suas posições, enquanto lá fora, nuvens negras anunciavam o desfecho costumeiro de uma tarde quente de verão.
A temperatura ambiente subia ainda mais com o calor das discussões, e as importantes falações se encaminhavam para um desfecho não muito agradável. Quando o deputado federal Alexandre Cardoso pegou o microfone, muitos participantes, inconscientemente, levaram suas mãos às orelhas, prevendo que os puxões seriam firmes e sem perdão, como a tempestade que se anunciava no céu escuro do balneário de fama mundial.
Após algumas frases metralhadas sem parar, o deputado federal respirou profundamente, lançando um silêncio inquietante na sala, numa pausa que preconizava o trágico desfecho. Mas, de repente, um estrondo rasgou o ar pesado da reunião, similar a um longo trovão gaguejante. Seria o começo da tempestade de verão?
Um odor peculiar desmentia a chuva e se misturava às gargalhadas no turbilhão de olhares à procura do responsável pelo fantástico petardo gaseificado. No fundo da sala, confissão estampada no rosto, o vereador Marquinho da Trecu’s, de São Pedro da Aldeia, levantou suas mãos amarelas suplicando o perdão dos companheiros. Nem Alexandre Cardoso ou qualquer outro cacique do Partido Socialista Brasileiro conseguiu concluir suas cobranças contundentes após aquele impressionante flato sonoro. E a reunião política acabou em festa, com muito risos e alegria. Viva o vereador aldeense e a sua trovoada socialista!
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